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  • por, Dênnys D'Lima | AD Produções Artísticas

Estava bastante contente com a sinopse de Quando as Luzes se Apagam até sentar e assistir o filme.

Inspirado no curta-metragem “Lights Out” (2013), que pra mim é sem sobras de dúvidas um ótimo exercício de medo e tensão que viralizou na internet, que fez o longa chegar com grande expectativa. O longa-metragem é uma extensão do curta, que cria uma história sobre trevas, e uma criatura que só aparece na escuridão. Mas no curta, há uma certa compreensão sobre narrativa e meios cinematográficos, ritmos e atmosfera revelando a habilidade do criador – o diretor David F. Sandberg.


Foto: Internet divulgação

Então: Terror, ou Suspense? Sinceramente… Faltou algo no filme. Procurei uma reflexão, um sentido durante minha permanência na sala. Só escutava os gritos eufóricos dos expectadores: “Acende a luz”, Pega o celular p…”, “Tadinho do menino”. E eu… Não consegui entender, e olha que eu tentei, juro. Tentei deixar o olhar critico, porque eu tinha ido ao cinema assistir um filme recorde em bilheteria, um filme que meus amigos diziam: Dênnys, você tem que assistir “Quando as Luzes se apagam”. Pois bem, assisti. A premissa funciona em curta e poderia ter rendido um filme bem interessante, como outra obra que lida com a escuridão de maneira genial e assustadora.


Na trama, o garotinho Martin (Gabriel Bateman, de “Annabelle”) vive às voltas com o comportamento estranho da mãe, Sophie (Maria Bello, de “A 5ª Onda”), que passa por um período de luto e depressão depois da morte do marido. O pior de tudo é que ela sempre conversa com alguém invisível em seu quarto. Seria Diana, uma moça estranha que ela conheceu na juventude.


Quem protagoniza a história é Rebeca, vivida po Teresa Palmer (“Meu Namorado É um Zumbi”). A jovem é a filha de Sophie, Rebeca saiu de casa por causa dos comportamentos da mãe. O irmão procura por ela em busca de uma ajuda, para que ela ajude com sua mãe. Pois bem, ela resolve passar a noite na casa da mãe, que sofre assombrações pelo fantasma da tal Diana.


Parece que foi tudo planejado. O expectador da sala já previa o que iria acontecer. Faltou a capacidade do medo pelo medo, capaz de assustar como no curta. Faltou ao diretor David F. Sandberg, um pouco de apego e cuidado com os códigos típicos as narrativas do cinema de terror.


Não vou negar, que “ Quando as Luzes se Apagam, teve um momento interessante, e eu imploraria naquele momento para vivenciá-lo novamente. O uso da luz negra, é um momento único e inventivo, que mostrou a criatura assustadora Diana, enquanto as luzes estão apagadas, é um dos ápices do filme, com boas interpretações.


Se em três minutos, um vídeo pode atrair tanta gente, um longa atrairia uma multidão em salas lotadas - e bastante dinheiro. O longa, aposta no baixo orçamento, numa trama que pega o espectador por sua sugestão com a realidade: medo do escuro. É notável essa pretensão do curta para o longa. Ameaça e medo do escuro. Uma criatura que aparece apenas nas sombras. É assim os primeiros minutos funcionais do longa.


O filme tende a dar explicações, que não são levadas até o o final. É uma linha psicológica, com cunho familiar de todo thriller. Nesse, opta em sua narrativa dar explicações aos seus fatos à sua maneira macabra – com mortes e corpos, típico de filmes de espíritos, o que leva o filme a ser apenas mais um filme do gênero. Prefiro ficar com o curta “Lights Out” (2013) pelo frescor como conduz o diretor - mas assistiria novamente o longa. Um bom exemplo de filme de terror. Uma boa aula.



O AUTOR - Dênnys D'Lima é Ator, Diretor, Cineasta e Jornalista. Dono de suas "Andréias", personagens de suas histórias. Aqui, no Jeito de Contar, ele produz conteúdo sobre Cinema e conteúdos especiais.

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