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  • por Dênnys D'Lima – AD Produções Artísticas

A mulher que queria apenas ser uma presidente

O tempo é o senhor da razão. A verdade é filha do tempo. A primeira máxima é de autoria desconhecida; a segunda é atribuída a Marco Túlio Cicero (106 aC, 43 aC). Mas quanto tempo é preciso que escoe para que a razão, e a verdade dos fatos se revelem mais precisas e despidas de equívocos grosseiros sobre acontecimentos presumidos por uma presidente eleita pelo voto popular?


Foto: Internet

Relevantes são os fatos e também os comportamentos de todas as pessoas que estiveram presentes durante um processo de admissibilidade - com a perca de mandato e inelegibilidade por oitos anos de um candidato eleito pelo voto popular -, e dele poder contribuir em prol de uma democracia justa, serena e consistente – pela ordem e o progresso do Brasil.



Perdão, eis um substantivo pouco se usado no parlamento brasileiro nos últimos meses - perdoar os erros, a tal falta de dialogo, a intolerância, a arrogância, o desafeto, a perda. Perdoar os que são vencedores por direito sim.

A sensibilidade arrancou da boca a vontade e sede por interesses: construir uma sociedade mais justa para o povo que clama por justiça.


O povo, moradores da pátria amada, Brasil, sabem claramente que sua democracia esta abalada, por isso sempre ecoam: “é golpe”, “foi golpe”, “é golpe sim senhor presidente do Supremo Tribunal Federal, Sr. Ricardo Lewandowski”, "Srs. Senandores deste congresso Nacional". Mas, diante do parlamento repleto de homens publico, querendo um julgamento final, o povo, viraram meros figurantes de um espetáculo aplaudido por pelos figurantes que não podiam entrar no palco .


Quis-se saber a opinião popular, mas pouco se usava no caminhar processual. As ruas estão em chamas de incertezas, são mais de cinquenta milhões de eleitores, que ininterruptamente lutam, clamam pela permanência de uma mulher, que sofreu o golpe, foi criticada moralmente, foi torturada e vive o dilema do preconceito e do machismo, que segundo esta mulher os homens nunca aceitaram serem comandados por mulheres, que se tornou empresárias, gerentes, teve direito ao voto, ser chefe de um estado, presidente de um país.

Dois lados, duas verdades da vida. A dualidade é a condição da vida. Sem oposto nem contrastes, a vida não é vida. Mais qual é a verdade das testemunhas, da dualidade? Onde estará a verdade nos fatos apresentados? Dois lados que gritam por justiça, e delas realizam-se. A opinião dos eleitores, dos movimentos sociais, das classes menos favorecidas deram lugar a um abraço caloroso de um silêncio inexplicável – porque os gritos e manifestações das ruas, estão morrendo aos poucos, independente do lado em que elas estejam, esse é o problema.


O desejo por vitória e por melhoria está mascarado nos discursos inflados das noites à dentro, esta no atentado contra a moral, a ética, o respeito humano, dignidade e afetos de Brasileiros, que independente do lado desse processo, estão sem perspectiva de nada.


O oficio de um parlamentar, exige muita pesquisa e maturação, uma verificação ampla do contexto politico e social em que se ocorre os fatos e pessoas que deles participam – no caso uma presidente que segundo o parlamentarismo, atentou contra a economia do estado, violou a lei orçamentária, desrespeitou a constituição do país.

Foto: Internet

É cedo para uma avaliação futura mais profunda, mas as marcas já são profundas e a história da mulher Dilma Vana Rousseff, que queria apenas ser uma presidente, será levada a sério na análise de fatos e de pessoas que fizeram história. De qualquer forma, registre-se que essa, talvez seja uma missão a ser cumprida por historiadores futuros, cientistas políticos, cujo ofício exige muita pesquisa e maturação, uma verificação ampla do contexto em que ocorreu o fato ou em que viveu a pessoa - sua formação, influências, ideias, sua psicologia, atos, palavras e omissões. Pois a política tem o que mais elevado; Discordando ou não, confrontando ideias, e construindo poderes democráticos, pois a saída do caos é uma democracia reafirmada, graças ao empoderamento da sociedade através das redes sociais, como ferramenta que se reafirma os direitos democráticos.


"Roda Viva: roda mundo, roda gigante, roda muito, gira muito o mundo. Muda-se de posição como mudam as nuvens. Mulheres de Atenas: mirem-se nas mulheres de Atenas, tantas mulheres de Atenas. Vai Passar: dormia a nossa pátria tão distraída sem saber que era subtraída em tenebrosas transações".


O AUTOR - Dênnys D'Lima é Ator, Diretor, Cineasta e Jornalista. Dono de suas "Andréias", personagens de suas histórias. Aqui, no Jeito de Contar, ele produz conteúdo sobre Cinema. Em especial criou esse sobre a o mandado da Presidenta Dilma Vana Rousseff.

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