Em 4 de agosto de 1944, forças da Alemanha nazista, captura uma garotinha. Quem já ouviu falar da menina que escrevia um diário, enquanto estava escondida num sótão com a família em Amsterdã no período da Segunda Guerra?
Estou me referindo a Anne Frank, a menina judia, que em um Anexo Secreto, localizado no canal Prinsengracht, nº 263 em Amsterdã, na Alemanha. Anne ficou conhecida no mundo inteiro por causa do seu diário. Nesse diário, ela transcrevia seus medos, seus sofrimentos e esperança. As primeiras palavras do diário eram endereçadas a uma amiga imaginária, Kitty.
O diário, 'Anexo Secreto' foi publicado pelo seu pai, único sobrevivente da família. O Nelson Mandela, enquanto estava preso, lia o diário, e tirava encorajamento. Para ele: “O diário, mantinha o espirito elevado e reforçava a confiança das causas da justiça e da paz”. Hoje existe uma organização que cuida e preserva toda a história dela.
A história do diário, foi adaptada para o teatro por Frances Goodrich e Albert Hackett, e em 1958, o diretor George Stevens, resolve transformar em um filme a história que é estrelado pela a atriz americana Shelley Winters. O filme não foi um sucesso de bilheteria na época, mas ganhou três Óscares, Direção de fotografia, Direção de arte, inclusive um para Shelley Winters de 'Melhor Atriz' Coadjuvante. Ganhou também o Globo de Ouro.
Minha relação com a Anne Frank, é muito intensa. É como se ela também fosse uma de minhas Andréias – é uma personagem que transcende o tempo –, é uma história para hoje. Quem leu o livro, ou assistiu assistiu o filme “A garota que roubava livro” percebe essa releitura, essa referência que tem com a Anne, nessa busca em não apagar as memórias, que não se pode esquecer fatos como estes. É uma história que todos devem conhecer.
O AUTOR - Dênnys D'Lima é Ator, Diretor, Cineasta e Jornalista. Dono de suas "Andréias", personagens de suas histórias. Aqui, no Jeito de Contar, ele produz conteúdo sobre Cinema.