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Resistência e qualidade em "As Aventuras do Pequeno Colombo", longa de Rodrigo Gava.

  • por Jefferson Sousa (Jornal do Commercio)
  • 14 de mai. de 2016
  • 2 min de leitura

Um exemplo de resistência e qualidade na atual situação do cinema de animação brasileiro é o cartaz de hoje, na Mostra Competitiva de Longas-Metragens do Cine PE: Festival do Audiovisual. As Aventuras do Pequeno Colombo, de Rodrigo Gava, é uma produção feita em software ToonBoom, voltada para o público infantil. “Nós temos por volta de 25 longas de animação na história do cinema brasileiro. Por eles durarem mais tempo na pré-produção e produção, além de não ter o mesmo retorno financeiro de filmes mais rápidos, acabam sendo os últimos a receberem investimentos”, desabafa o diretor.

As Aventuras do Pequeno Colombo / Divulgação

O jovem Cristóvão Colombo, ao lado de seus amigos Leonardo da Vinci e Mona Lisa, protagoniza uma busca pela terra perdida de Hi-Brasil que, segundo lendas vikings, guarda um gigantesco tesouro que pode salvar seu pai de uma provável falência. Os antagonistas vêm do oceano que eles precisam desbravar, como o monstro dos mares Nautilus, Tritões, Sereias, entre outros personagens da cidade perdida Atlântida.


O enredo pode até ser de fácil fruição, na sua intenção de agradar às crianças, mas, dentro dessa simplicidade adequada à faixa etária, existe cautela na hora de remeter os símbolos e os momentos históricos que rodeiam cada personagem, informando, de forma didática e divertida, os jovens espectadores: o personagem de Leonardo é o inteligente e criativo, tendo Mona como inspiração; já Cristóvão é entusiasmado e corajoso.


A estética do filme foi pensada cuidadosamente desde 2012, ano que a produção deu seus primeiros passos, com o intuito de tornar seu perfil o mais assimilável possível, mas sem abrir mão do burilamento que o diretor adquiriu durante sua trajetória em realizações do gênero. “A ideia era fazê-lo em um formato internacional mesmo, para que pudesse ter mais durabilidade nas distribuições e alcançar públicos mais extensos,” afirma. Sobre partir de algum molde, ele completa: “Não quisemos fazer algo totalmente americanizado, porque se fizéssemos e saísse mal todos criticariam, se fizéssemos bem seria apenas mais um.”


Os créditos do filme fazem menção ao ator José Wilker, por ter sido este o último trabalho oficial do ator, que dublou o Conde de Saint-Germain. Além de Wilker, outra voz que se destaca é a de Isabelle Drummond, que fez Mab. Segundo Rodrigo Gava, ele mais o produtor Marco Altberg e o roteirista Pedro Ernesto Stilpen estudaram bastante antes de definir as feições e personalidades de cada personagem, para só depois escolherem os seus respectivos dubladores.


Prêmios - Melhor direção, e Trilha sonora na MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS DO CINE PE 2016

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