Sentimentos como amor, ódio, angustia, amizade e solidariedade, estão presentes no espetáculo ‘Frozen, uma emoção no gelo’, uma livre adaptação do filme ‘Fronze’, dirigido pelo Diretor Nino Fernandes e coreografado pela Atriz e Bailarina Cláudia Fernandes, o musical é da Cia de Dança do Colégio Souza Leão, e do Ballet Municipal do Jaboatão dos Guararapes que foi encenado (sábado 21/06) no teatro Ariano Suassuna/Colégio Souza Leão.
“Elza a irmã mais velha de Ana e futura rainha de Arendelle, acometida do feitiço do gelo, deixa seu reinado congelado e só um ato de amor verdadeiro, pode fazer tudo voltar como antigamente.”
Um musical realizado com dedicação, muito amor ao teatro, à dança, à arte. Temática instigante, causando ao espectador - do menor ao maior na plateia -, uma reflexão sobre os caminhos que trilhamos na nossa vida corriqueira mesmo que em algumas vezes as atitudes sejam feitas inconscientemente, ou por pura consequência dos fatos.
O teatro é uma poderosa ferramenta de comunicação social, pois ensina a comunicar através dos fatos, dos atos, faz reviver histórias e fatos antigos, assim como faz mergulhar em um mundo paralelo de encantamento, é capaz de conduzir o espectador ao passado, presente e futuro, ativando diversos sentimentos, pois ali, no palco, as histórias são capazes de propor caminhos, e deles a humanidade faça suas escolhas - mesmo que essas escolhas sejam a partir da ficção.
Luz, som, cenografias, figurinos e coreografias, estilos de quem sabe reinventar histórias e proporcionar de forma pedagógica o fazer arte, e continuar incentivando todas as suas linguagens, como no espetáculo que reuniu; dança, música, teatro, design e moda.
É difícil o espectador sair do teatro sem a sensação de que já viveu aqueles fatos, de que o imaginário por mais que seja distante de sua realidade -mas ainda há um jeito de contar -, para fazer com que as histórias sejam diferentes. 'Frozen, uma emoção no gelo', é uma verdadeira aula de democracia; uni poder, ódio, ambição, solidariedade, é um espetáculo que reinventa tanta coisa, e faz o espectador embarcar na narrativa. Cenas tão emblemáticas, feitas por alunos/atores que estão em fase de desenvolvimento profissional constante. No elenco o diretor não possui grandes atores com nome, ou atores com experiência; mas possui atores capazes de proporcionar uma boa apresentação, aparentemente a apresentação pode ser entendida com um cunho didático, no sentido convencional do termo, mas não se enquadra neste o didatismo, vai muito além do fazer teatro por fazer ao lado dos amigos, tem muita ética, profissionalismo.
O começo do espetáculo, com as coreografias me deixou confuso um pouco, troquei até de local para embarcar na história, e deu certo, cada gesto daquelas bailarinas, sabendo a importância de seus passos para à narrativa da história.
JEITO DE CONTAR -
Atriz e Bailarina, a Carolina Luna, deu seus primeiros passos no próprio colégio Souza Leão, participando de espetáculo dentro do calendário das atividades periódicas do colégio. É uma jovem artista em ascensão, se investir na carreira, deverá ter um futuro brilhante. Eu não gostaria de terminar uma visão técnica e emocional sem falar do grito que dei dentro de mim, quando ela entrou em cena interpretando a Ana, personagem do espetáculo. Gritei: “Que atriz”; E o espetáculo cresceu, cresceu, cresceu... Foi conduzido com veemência; ela é uma atriz que sabe ser parceira de seus colegas na cena; que agiu/reage no momento que tinha que agir/reagir, e mesmo quando não participava da cena diretamente, a Ana, seu personagem estava lá, viva! Uma pequena atriz que sabe escutar o seu diretor, sabe como usar a técnica, dar formas e movimentos ao seu personagem. Foi uma noite para brincar na neve, por isso escrevo aqui minha percepção, esse meu também Jeito de Contar que pode ter mudado assim que você terminar de ler.
O AUTOR - Dênnys D'Lima é Ator, Diretor, Cineasta e Jornalista. Dono de suas "Andréias", personagens de suas histórias. Aqui, no Jeito de Contar, ele produz conteúdo sobre Cinema.