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“Moto Perpétuo” e Anne Costa: Fluidez e força

  • por Dênnys D'Lima – AD Produções Artísticas
  • 7 de dez. de 2014
  • 2 min de leitura

Por Dênnys D`Lima


O som que trás a liberdade da vida, da alma e aguça nosso “Grito Preso”, são temas bastante debatidos com fluidez e força no espetáculo do Instituto Pero, “Moto Perpétuo” sobre a concepção da Anne Costa (23 anos), uma garota que descobriu aos 14 anos, na dança, a vocação para a liberdade. Cinco anos de apresentações, ainda há muito que dizer a cada mexida que faz nessa sua criação tão comovente, uma artista inquieta seja na busca pela dança clássica, contemporânea ou popular.


Corpo, luz e som, cores e formas, juntos são elementos característicos do nosso horror diário. O que se percebe no inicio dentro daquela bolha elástica: o nosso ato de sobreviver em nossos espaços limitados por liberdade de expressão. As culturas abordadas na concepção do espetáculo, dar aos olhos brilhos e, ao corpo arrepios e a vontades, o gritar. São alunos que experimentam uma linguagem artrítica sobre o olhar atento da criadora, “caminhos temáticos para imprimir no(s) corpo(s) sons e movimentos”.


O roteiro coerente pensado para varias cenas, não coube no palco à explosão de elasticidade das bailarinas. A Fernanda Lopes (15 anos) cumpriu o que disse em suas palavras: “É especial e sem explicação provar o figurino, colocar a maquiagem e tentar entender como a dança é”. Nunca tinha escrito nada sobre a dança como escrevo agora.


Sobre o som, falo com propriedade, pois no cinema ele é um elemento indispensável para narrar uma história. A escolha musical foi de uma expertise, ela é coadjuvante daquelas bailarinas e como tal, dar o feedback exato nos tempos propostos a cada quadro. As vozes que saem no microfone das coxias, mesmo que inconsciente, construía o tempo-espaço de cada quadro e, unia-se ao som dos pés das bailarinas e a trilha sonora ao vivo, dando organicidade à coreografia.


Uma dama de vermelho descreve a historia, fechando um ciclo vital de nossas relações intrapessoais. A bailarina de vermelho começa seus movimentos tão sutis, trazendo para si a responsabilidade da compressão artística quanto linguagem que investiga no corpo as ações psicofísicas do nosso dia-a-dia. Ela conduzia o desenrolar das nossas sutilezas e levezas frente à vida. Imprimiam no palco, vontades pelo ato de dançar, de sentir e de tocar a vida cheia de limitações. Ver tudo aquilo desenvolvido durante dez anos de atividades do Instituto Peró, é ter certeza: a arte faz isso mesmo; uni cenas que ficam presas na mente que pensa, pensa... No sono inquieto, no corpo em movimento, na alma quanto sentimento.


Fotos: Felipe Alves



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